Diferente do que aconteceu no filme anterior (Piratas do Caribe - No Fim do Mundo) onde o maluquete dos sete mares tinha aparecido pouco, agora ele está mais presente e, pasme, menos afetado. Mas a brincadeira de dizer que é o original, o único, continua. Aliás, a estratégia de carregar a trama de personagens e com histórias paralelas que se misturam, agora enxertadas com doses de vingança pessoal e carência paterna, também continua.
Dessa vez, Sparrow se envolve numa disputa entre espanhóis e ingleses pelo par de cálices da Fonte da Juventude, mas acaba singrando os mares na companhia de Angelica (Penélope Cruz), um "cacho" amoroso das antigas e do temível Barba Negra (Ian McShane), desafeto antigo do Capitão Barbossa (Geoffrey Rush).
Achou meio confuso? Foi assim que o roteiro acabou ficando meio rocambolesco no troca-troca de foco e perdeu um pouco do ritmo. E embora embalado pela conhecida trilha sonora de Hans Zimmer, presente na lista daquelas que, dificilmente, serão esquecidas, os mais de 120 minutos do filme sobram. E o 3-D, diga-se de passagem, é totalmente dispensável. Sobre piratas zumbis e sereias vampiras, veja você mesmo e tire suas próprias conclusões.
Se bateu um grilo com o que leu até agora, não se assuste. Estão garantidos bons efeitos especiais e o climão meio sinistro está lá. Na verdade, tem hora que dá até uma certa sensação de se estar sentado numa espécie de trem fantasma (super produzido, é claro) com cavernas, caveiras, esqueletos, tesouros, barcos e teias de aranha. Tudo no lugar. Quem espera ver as palhaçadas de Sparrow (meio infantis) não perde por esperar. Vai curtir demais as cenas de ação com espadas, lutas e perseguições, mas pode se chatear um pouco com tanto blá blá lá entre ele e a tal ex namorada.
Portanto, prepare-se para o entretenimento e deixe de lado possíveis cobranças sobre realidade porque aqui só tem lugar para a fantasia. De curioso, uma cena onde o Barba Negra se auto-intitula mau (I’m bad man) com entonação idêntica a antológica frase do homem-morcego. Nos detalhes, o retorno do roqueiro Keith Richards (dos Rolling Stones) num "peculiar" papo de pai para filho sobre velhice. E no geral, a certeza que ao entrar na sala escura você estará navegando numa fórmula conhecida porque o pirata pirado está de volta e como ele mesmo afirma: "o que vale é a jornada, não o destino".
Ah! Não saia antes do fim dos créditos finais. Tem cena adicional para quem gosta de pensar no futuro nada misterioso.
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